A História do Cartel Farmacêutico
Essa análise histórica e crítica do cartel farmacêutico demonstra como interesses corporativos e monopólios moldaram a medicina moderna, comprometendo alternativas naturais.
A trajetória da indústria farmacêutica revela uma complexa interseção entre poder, interesse econômico e manipulação estrutural, que marcou a evolução da medicina moderna sob a égide de monopólios corporativos. Essa narrativa remonta ao início do século XX, quando grandes empresários, como John D. Rockefeller, estabeleceram um modelo de negócios baseado em monopólios e proteção estatal. Em 1911, o Supremo Tribunal dos EUA condenou o Rockefeller Standard Oil Trust por práticas ilegais, incluindo corrupção e extorsão. No entanto, a influência de Rockefeller ultrapassava o próprio sistema judicial, permitindo-lhe contornar essa decisão.
A estratégia de Rockefeller para manter e expandir sua influência econômica evoluiu por meio da filantropia. Em 1913, ele fundou a Rockefeller Foundation, um subterfúgio para reinvestir seus lucros na área de saúde, redirecionando o foco para um novo ramo comercial: o mercado de medicamentos sintéticos patenteados. A Fundação Rockefeller, ao investir em escolas de medicina e hospitais, incentivava a promoção de drogas patenteadas e, simultaneamente, combatia alternativas naturais, como vitaminas, que apresentavam benefícios preventivos para a saúde, mas não podiam ser patenteadas.
A descoberta das vitaminas, com seus benefícios evidentes para a prevenção de doenças crônicas, representava uma ameaça direta ao negócio emergente da indústria farmacêutica, cujas margens de lucro dependiam de patentes exclusivas. Assim, a eliminação da competição representada pelos micronutrientes naturais se tornou fundamental para a sobrevivência e crescimento desse modelo de negócios.
Em 1918, durante a pandemia de gripe espanhola, a Fundação Rockefeller intensificou uma campanha contra formas de medicina que não envolvessem seus produtos patenteados, utilizando sua influência nos meios de comunicação para deslegitimar abordagens naturais. A partir daí, hospitais e escolas de medicina nos EUA passaram a operar dentro do espectro de influência do monopólio farmacêutico. Essa dinâmica de controle se expandiu, impulsionada pela estratégia de Rockefeller de replicar o modelo de domínio de sua empresa petrolífera em países estrangeiros e até continentes.
O monopólio farmacêutico encontrou um rival na Alemanha com a fundação do cartel I.G. Farben em 1925, composto por empresas como Bayer, BASF e Hoechst. A rivalidade se intensificou a ponto de ambos os grupos dividirem o mercado global em 1929. No entanto, o I.G. Farben, buscando a supremacia, decidiu financiar a ascensão de um político que prometia conquistar o mundo militarmente para o conglomerado químico. Esse apoio culminou na participação de empresas farmacêuticas e químicas alemãs na Segunda Guerra Mundial, beneficiando-se diretamente da invasão de países e do uso de campos de concentração como laboratórios para testes de drogas.
Após o fim da guerra, o I.G. Farben foi desmantelado e, embora executivos do cartel tenham sido julgados em Nuremberg por crimes contra a humanidade, as sentenças foram brandas, e muitos rapidamente reassumiram posições de poder. Esse favorecimento foi facilitado pela influência direta de figuras como Nelson Rockefeller, que, no governo dos EUA, garantiu que os ativos das empresas alemãs fossem absorvidos por interesses norte-americanos e britânicos.
A ascensão do monopólio farmacêutico foi posteriormente consolidada por meio da criação de organizações globais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Comércio (OMC), que se tornaram instrumentos de controle da indústria farmacêutica e do petróleo. Com o apoio dessas instituições, a indústria promoveu, ao longo das décadas, uma cruzada para proibir terapias vitamínicas e abordagens de saúde naturais, que poderiam competir com os medicamentos patenteados.
Esse movimento criou uma dependência mundial de medicamentos que, em vez de prevenir ou curar doenças, apenas mascaram sintomas. Assim, o foco da indústria farmacêutica não é a erradicação das doenças, mas sim o tratamento contínuo, o que gera lucros constantes em detrimento da saúde pública. Esse modelo de negócios, caracterizado pela perpetuação de doenças e pelo monopólio do conhecimento médico, foi criticado por figuras como Linus Pauling, que lutaram para manter a pesquisa sobre os benefícios das vitaminas acessível ao público.
Nos anos 1990, novas publicações científicas, algumas em coautoria com Pauling, estabeleceram uma conexão entre a deficiência de micronutrientes e várias doenças crônicas, desafiando diretamente a narrativa farmacêutica. Esses estudos indicavam que doenças como ataques cardíacos, hipertensão, câncer e até deficiências imunológicas poderiam ser mitigadas pela suplementação adequada de vitaminas e outros nutrientes essenciais.
Essa análise histórica e crítica do cartel farmacêutico demonstra como interesses corporativos e monopólios moldaram a medicina moderna, comprometendo alternativas naturais e priorizando o lucro sobre a saúde global. A compreensão desses eventos revela a importância de questionar práticas estabelecidas e de buscar uma abordagem de saúde que valorize a prevenção e o bem-estar integral, longe das amarras de monopólios que perpetuam doenças e impedem a verdadeira autonomia da saúde.
PS. Empurre esta publicação clicando no coração.
Do material de Dr. Rath Health Foundation, link.
https://www.dr-rath-foundation.org/2007/05/the-history-of-the-pharma-cartel/